Sim, niver de POA, cidade que amo, apesar de não viver nela. E nada melhor para comemorar essa data do que escrevendo algo sobre uma manhã no centro de POA.
Quarta-feira. Dia de aula de italiano. Dia de atravessar o camelô ali do terminal Parobé, andar pela Volunta até a Dr. Flores e chegar na sala de aula, per parlare!!! Tá. Partindo do início: trem lotado. Grande novidade, tigres e mais tigres lotando os vagões. Encontro um colega da faculdade e o tempo e o suplício passam mais rapidamente.
Chego na estação Mercado, um cheiro de peixe M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O, vejam vocês. Os caras do camelô só faltam engolir com os olhos algumas mulheres que passam. E assobiam, falam porcarias, fazem sons nojentos, etc... Vontade de matar um!!! Chego na aula ainda com sono devido ao horário que cheguei em casa ontem, podre de cansada (e ainda estou!) após um dia de trabalho + a reunião marcada para após as 20h. Aproveito o intervalo da aula de italiano pra dormir, afinal, quaisquer 15 minutos já ajudam.
Termina a aula e pego a Volunta de novo, um festival, parece que soltaram toda a tigrada de POA num só lugar: gente que grita, que fala sozinha, que anda com as banhas à mostra, mães que sacolejam os filhos pra esses andarem mais depressa, olha.... é uma fartura de gente estranha.
Chego no trem, vagão vazio, escolho um canto aparentemente inofensivo e tranqüilo. Só no meu sonho, né??? Assim que o trem pára na estação Rodoviária, deu-se o estouro da boiada, ou melhor, da tigrada, e o caos se instalou. Entraram 2 tigras-mãe e seus respectivos casais de tigrinhos. Vamos entrar em consenso e dar nomes aos bois: as mães-tigras serão as Shitaras e os casais de bacuris serão os willy-kits e willy-kats (ô, saudade dos Thunder Cats...).
Umas das Shitaras senta ao meu lado, com suas respectivas crias: a willy-kat era mais velha e o willy-kit devia ter uns 2 aninhos. E tem uma coisa que é indiscutível: tigre é tigre desde pequeno e, digo por experiência própria que os tigres mirins são piores que os adultos, hein? Enfim, a Shitara só faltava ter trazido a casa a tira-colo. Obviamente ela era gorda, usava calça 'colada' vermelha, as unhas eram pintadas com esmalte cintilante rosa sem as cutículas feitas, claro.
A mulher tirou tanta comida daquela sacola que dava pra alimentar o vagão inteiro. O guri tava tomando todinho, depois surgiu uma lata de sukita, balas, salgadinho. E depois não sabem porque a cria tá cheia de cáries!!!! Vontade de bater, né... A melhor parte foi quando o willy-kit começou a me dar pontapés. Eu amei. Aproveitei pra dar uma espiada na boca da criança (vícios da profissão, sorry) e me deparei com uma mordida aberta enorme! Claro, o guri deve passar o dia chupando bico com mel. TIGRICEEEEEEEEEEEE TOTALLLLLLLLLLL!!!
Pouco tempo depois, sinto uma 'coceira' no ombro. Pronto: só falta ter ratos aqui!! Me viro depressa e me deparo com a willy-kat esparramando o braço no enconsto do assento. Outra parte boa: toca o celular da Shitara! E, como é de se esperar, tigre não fala ao telefone. Ele berra! E berra porque acha que a pessoa do outro lado da linha é surda ou ele confunde celular com megafone. E a Shitara gritava com o Taigra (marido da Shitara) e dizia que já estava chegando na estação Mathias Velho que é onde o trio felino desceria.
Logo vi! Estação Mathias Velho.... só podia ser! É um dos bairros de maior concentração da população tigróide.
Bem, narrativa terminada, deixo-os com a parte boa do dia, que tive na aula hoje cedo:
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4 comentários:
Tigróides, tu me mata!!! Hahahahaha!
Tá, e não tem nada de bom nessas tuas viagens?
Tu tá a própria Caco Antibes!!!
Hummm... algo de bom? Bah, hj eu tava com tanto sono e dor de cabeça que, pra mudar isso, só o Banderas aparecendo na minha frente, hehehe... É que hoje a tigrada se superou, quem sabe amanhã vejo coisas legais, né?
resta saber: tiveste a visão além do alcance?
adoro o teu "tá", no meio do parágrafo. parece até que nem qdo me corta no msn rsrs. sem stress, não dá nada, nada a ver.
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