De novo não!!!

Pois é, mais um dia. No trem, pela manhã já começo vendo cenas de agarramento. Um casal (casados já) ao meu lado. Bem, a guria só podia ser debilóide porque falava com o marido dela como se ele tivesse retardo mental. E agarrava ele de uma maneira que me deu vontade de sugerir que eles fossem terminar o "serviço" em casa. Ela com seus belos quilinhos a mais e ele bem enxuto até. Tá, depois disso, desço na estação Mercado e subo a Borges de Medeiros, me esquivando daquelas pessoas que caminham a 10 km/hora. Prefiro ter um filho veado do que ter um filho que caminhe no centro de POA como se estivesse a passeio!!!!

Outra coisa que reparo é no bando de maloqueiros que circula por ali. Os caras não podem ver 2 cm de barriga de fora de alguma guria que já começam a dizer coisa que não presta. Caminho mais alguns passos e vejo um cano estourado e a água jorrando rua abaixo. E isso que estamos prestes a ter pouca água potável disponível, hein??

Chego no trabalho, atendo todos os pacientes agendados e mais um de encaixe que resolveu aparecer. Bah, "vou me atrasar", penso eu, mas até que não. O paciente que atendi de encaixe me deu um lanche do Mc de presente por ter quebrado o galho!!

Hora do intervalo. Calor. Eu de manga 3/4 e me odiando por ter errado na escolha da blusa. Tá, paciência, não posso andar só de sutiã pelo centro. Me conformo. Vou até a agência de correios pra enviar o sedex do meu little honey. Fila. Normal. Eis que surge uma mulher furando a fila preferencial (idosos, gestantes, deficientes físicos). Detalhe: não era gestante, nem deficiente e deveria ter no máximo 55 anos. O homem que estava na minha frente decide chamar a atenção da mulher que, desaforadamente, dá um sorriso irônico e aponta para a placa insinuando: "Sabe ler?" Prefiro ter um filho veado do que um filho senhora de meia idade desaforada!!!

Bem, chega a minha vez. Peço pelo serviço de sedex pra NZ. Preencho dez mil campos na caixa de envio, etiqueta disso e daquilo, etc. Enquanto estou preenchendo tudo isso a atendente começou a conversar comigo, perguntando se eu tinha namorado lá e essas coisas que mulheres gostam de conversar. Até o momento em que uma velha empalhada resolve surtar na fila:

"- Ô minha filha! Tá aí de conversa furada em vez de trabalhar, é?? Isso é uma falta de respeito, tô esperando na fila há 20 minutos."

"Não!!! Barraco de novo, não!!!", pensei. Logo eu que detesto esse tipo de cena. O gerente aparece e atende a mulher, que continua insultando a atendente:

"- Porque isso é um absurdo, estou no meu horário de almoço e essa guria fica conversando em vez de trabalhar. Eu já fui funcionária pública, isso é uma falta de respeito. Porque tu nunca vais passar de uma funcionária do Correio. Por isso que esse país está desse jeito! Ainda mais os correios com a tal da CPI. Isso é uma corja! E ainda fica rindo da minha cara."

Olha, a menina ficou quieta e continuou me atendendo com toda a calma. Mas uma coisa eu digo, se essa louca tivesse se dirigido à mim daquele jeito, o showzinho dela pararia em instantes. Ainda mais que já fui alvo de gente grosseira e descompensada na 3ª feira, então, dois ataques de gente psicopata na mesma semana eu não agüento!!! Me despedi da menina com toda a calma, elogiei-a pelo serviço em alto e bom tom pra velha louca ouvir e, de quebra, desejei um Feliz natal pra ela.

Depois disso voltei pro meu trabalho, atendi feito uma condenada e vim pra casa. Eu estava tão cansada que apenas botei os fones de ouvido e me escorei na janela do trem. Não me prestei a observar ninguém, já foi demais por hoje, Dio Santo, porca miséria!!!