domingo, 23 de dezembro de 2007
I'm back.
Sim, depois de uma semana atropelada, consegui voltar ao Devaneios. Vou narrar a semana de forma resumida para poder chegar ao ponto. Segunda e terça de muito trabalho. Até aí nenhuma novidade. Quarta-feira mais light com direito a amigo secreto regado à champagne, cerca de 200 fotos, 2 sanduíches Farroupilha (meu favorito), 1 sanduíche que parecia qualquer coisa, menos sanduíche, 2 trufas (não comi tudo isso sozinha não, hein...). Tudo isso num grupo de 5 meninas. Estava muito bom. Quero mais!!! Bem, na quinta, nada de mais... só trabalho. Sexta? Trabalhei na clínica, no meu consultório e à noite fomos comemorar meu niver no Santíssimo. Pouca gente foi, só os de fé: Dani, Vica e Aluísio, Ana, Ana Carina (que foi mesmo estando com cólica), Liese (que chegou bem mais tarde porque ficou trabalhando até às 21h), Taci e Marco e Marcelo (que ficou pouco pois tinha formatura, mas mesmo assim foi). Obrigada pela presença!!
Depois de tudo isso, ainda tive que encarar o sábado inteiro de trabalho, que por sua vez, já foi carimbado com incompetência logo às 8h da manhã. Estresse bombante. Cheguei em casa, baixei umas fotos e caí na cama. E então veio o domingo. Ah, o domingo... Dia das minhas reflexões e devaneios. Mas esse domingo é diferente. É o domingo que antecede meu aniversário, onde reflito ainda mais.
Enfim, meu domingo começou com uma pilha de roupas pra lavar e uma mãe enlouquecida porque a ceia será aqui em casa esse ano. Claro que algumas discussões rolaram. E parece que ela sempre escolhe essa data próxima ao meu aniversário pra arrumar briguinhas.
E nesse ano meu espírito natalino está em baixa. Me sinto a legítima Grinch. Nunca gostei de fazer aniversário no Natal. A cada ano vejo as pessoas se tornando consumistas natas, as luzinhas de Natal estão cada vez mais raras nas casas, os cartões que enchiam nossa árvore de Natal escassearam de forma assombrosa. O Natal virou uma data de negócios. É isso. Meu Natal de 2006 foi triste. O de 2007 também será triste. Eu estou triste.
E depois das picuinhas com minha mãe, decido fazer uma caminhada pra relaxar. Confesso que voltei pior do que saí. Eu perdi a conta de quantos cachorros eu vi abandonados. E minha raiva por gente que abandona os bichos aumentou consideravelmente. Comecei a chorar quando vi um filhote se aninhando em meio aos arbustos. Vontade de pegar ele pra mim, mas moro em apartamento e já tenho um gato relativamente velho e meio anti-social. E foi aí que começou o meu delírio de domingo.
O pôr-do-sol estava lindo, as nuvens desenhavam ângulos perfeitos com os raios-de-sol. E começo a pensar que o ser humano é a criação mais cruel que já existiu. Só sinto pena das crianças pobres pois elas não pediram pra nascer nesse mundo cheio de crueldades. Já os pais delas... desses eu não sinto pena alguma. Eles podem evitar ter pencas de filhos, pois o SUS fornece camisinha e anticoncepcional. Agora, voltando aos animais, sinto muito mais pena deles do que das pessoas. Elas têm escolha, os pobres bichinhos não. Eles simplesmente são jogados às ruas sem ter uma opção. Nessa época do ano, o povo vai pra praia e larga seus animaizinhos nas ruas. Não estou generalizando, sei que muita gente leva seu bichinho junto, eu sempre levo o Mitz comigo. E por essas e outras entendo porque tem gente que prefere os animais às pessoas. E em parte, concordo com elas.
Um projeto que tenho é construir um abrigo de animais. Tirar das ruas os gatos, cachorros e principalmente cavalos. Se olhares com cuidado pros olhos desses bichos, tu irás notar tristeza, fome, abandono.... Todas essas coisas que vemos nos olhos de pessoas que sofrem. E vendo isso tudo, penso que esse país não tem solução. Ou se tem, será pra daqui outros 500 anos. Temos um governo que não olha para os seus governados. Fico imaginando se os países de 1° mundo são perfeitos. Não são. Não há lugar perfeito. Mas bem que posso citar como exemplo a cidade de Nova Petrópolis. Fui pra lá diversas vezes e nunca vi mendigos ou cachorros de rua. Se nossos governantes pensassem um pouco mais no coletivo, as coisas seriam diferentes.
Sabe... tem uma coisa que nunca faço no fim-de-ano: assistir à retrospectiva que a Globo veicula no último dia do ano. Já basta ver as desgraças na data em que elas ocorrem e ainda tenho que ver tudo isso de novo??? E ainda por cima um dia antes do ano novo que está chegando? O ano de 2008 que pretendo usar pra esquecer a deprê toda de 2007? Um ano em branco onde vou escrever uma história nova. Não, não quero retrospectiva, não quero revivals de espécie alguma. Não vivo de passado. Vivo de futuro, vou começar a planejar o meu. Um brinde à 2008 e ao meu projeto de sair de casa!
E essa foto acima foi tirada da sacada do meu quarto. É meu lugar preferido da casa, onde penso na vida, nas coisas boas e ruins e, principalmente, no que está por vir.
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3 comentários:
A sacada da Rapunzel!!!
Beijos e calma, guria!!!
Injustiça e coisas tristes são o que mais há no mundo. Pode ter certeza que pode contar comigo pra esse teu projeto, porque eu já pensei nisso várias vezes. Um bom Natal pra ti, no stress. E um ótimo aniversário!!
que esse maldito 2007 vá embora de uma vez.............e c/ ele leve junto todas as criaturas insu que estão perto da gente e nos sugam energia.........2008 tem d ser diferente!!!!!!!
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