sexta-feira, 31 de agosto de 2007
Refletindo...
Hoje atendi um paciente que veio do Peru. Está morando aqui há cerca de 8 anos, mas já morou em Buenos Aires durante 5 anos. Ele é descendente de índios e tem o fenótipo bem típico. É técnico em enfermagem, trabalha no Moinhos e tem um irmão médico que mora na Espanha. Sabe falar 4 idiomas: inglês, português, espanhol e italiano.
Gosto de conversar com pacientes assim, sabe, que têm história pra contar, experiências diferentes das minhas. E me empolgo tanto que gasto metade do tempo da consulta conversando com eles, acho que é por isso que tenho muitas histórias pra contar. Ainda mais do jeito que gosto de interagir com as pessoas, quem me conhece, sabe...
Então a consulta foi assim, uma mistura de idiomas, porque começamos a falar um pouco em inglês, um pouco em italiano (o meu ainda está limitado) e o resto em portunhol, já que em espanhol sou um fiasco. E o paciente se despede no fim da consulta:
- You are molto carina!! (carina siginifica gentil, querida, etc...)
- Grazie, arrivederci!!
Outra pessoa legal que conheci foi um cara de Moçambique. Olha, à primeira vista tu não dá nada pelo cara, mas ele está aqui fazendo doutorado em planejamento agrário, já fez parte da alta roda política de Moçambique e atualmente leciona na principal universidade de lá. Enquanto ele fez o doutorado na UFRGS, a esposa cursou filosofia também na federal. Pois é, são pessoas assim, com experiências ricas, que tornam meu dia agradável e rico também.
A maioria dos meus colegas dentistas é assim também. Pessoas que acrescentam algo à vida da gente, sabe. E eu cheguei numa fase que não quero mais tolerar ou me relacionar com quem não me faz bem. Me dou esse direito e não abro mão. A vida passa tão rapidamente que não vale a pena disponibilizar nosso tempo com quem é pobre de sentimentos e mesquinho. E outra, gente mesquinha, "do mal" só atrai coisas do gênero. Como quem me conhece sabe que não sou nenhuma coisa, nem outra, também deve saber do que estou falando.
Mas infelizmente temos que conviver com pessoas não tão legais de vez em quando. Pessoas semelhantes a um câncer. Foi esse termo que usei ontem, conversando com uma amigona ali na Praça XV. Ficamos ali uns 20 minutos sentadas, lagarteando e conversando sobre isso. Nós duas convivemos com uma pessoa que é assim: um câncer. Que destrói toda e qualquer harmonia e tranqüilidade que exista no ambiente.
Há algum tempo atrás, esse tipo de câncer me incomodava muito, mas ontem chegamos à conclusão de que não vale a pena. Essas pessoas não merecem que nos desarmonizemos por culpa delas. Afinal, tem coisas na vida muito mais importantes e muito mais bonitas pra dispensarmos nossa atenção, preocupação e carinho. E tenho dito!
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2 comentários:
Acho que todos nós temos um "câncer" né?
prima tenho novidades para te contar!
Conversamos depois então!
Um beijo enorme
Concordo plenamente contigo!! E câncer tem que ser extirpado.
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