terça-feira, 19 de junho de 2007

O que será???

"O que será, que será, que vive nas idéias desses amantes, que cantam os poetas mais delirantes??"
Aconteceu no saguão de um aeroporto qualquer. Antes de qualquer contato físico, deu-se o encontro de olhares. Eles estavam emocionados e ansiosos; ele, um tanto mais que ela, que estava mais preocupada com a primeira impressão que passaria. Nenhum deles sabia o que estava para acontecer. Ela nunca tinha amado, sabia disso; ele, pensou ter amado, mas na verdade isso nunca aconteceu. E o que aconteceu, eu conto agora... Uma paixão arrebatadora abateu-se sobre os corpos e corações dos nossos amantes. E como questiona o Chico: O que será que vive nas idéias desses amantes?? Eu, sinceramente, não sei. Afinal de contas, o amor não foi feito pra ser entendido, mas sim, para ser vivido e, principalmente, sentido!!! E foi isso que os nossos amantes fizeram: viveram e sentiram o amor plenamente. E amaram muito, juraram muito, trocaram histórias, experiências e idéias... e chegaram à conclusão de que jamais iriam se separar. Pobre engano!! Pobres amantes!! Alguns dias depois eles acordariam daquele sonho e perceberiam que a separação era algo iminente. Eles viveriam bem por algum tempo, claro, mas a vida não quis que o melhor acontecesse. E então, veio o pranto abundante dos amantes. E ele cita Chico: "Quando olhaste bem nos olhos meus, e o teu olhar era de adeus, juro que não acreditei (...)". Ela, sem sofrer menos, chorou também, mas sabia que deveria seguir em frente, que o tempo se encarregaria ou que Deus colocaria em sua vida alguém que mudasse a trajetória de sua vida. Eu penso muito nisso... Deus não coloca as pessoas na nossa vida por acaso, sempre tem um motivo: seja para esquecermos alguma coisa ou alguém, seja para conseguirmos superar algum obstáculo, ou então, por que não, para que essa nova pessoa nos ajude a iniciar um novo parágrafo na história da nossa vida.
É como eu disse ontem, nossa vida tem fases... o ser humano está sempre em movimento. A emoção é o tempero da nossa vida, mas claro que, não só de emoção vive o homem, hehehe... mas é ela que faz valer a pena!! Sou amante da vida, me apaixono, choro, tenho raiva, sei ser irônica, sei ser romântica, sei me entregar, sei também "puxar o freio de mão" dos meus sentimentos (infelizmente, às vezes é necessário)... Por esses motivos que digo que hoje estou diferente... Sei que me descompliquei, mas não encontrei uma palavra que me defina e acho que jamais encontrarei, hehehe... Uns dias atrás, um amigo me chamou de Rapunzel. Na hora não compreendi a analogia, mas vi que em alguns pontos ele estava certo. A começar pelo meu cabelo comprido, que não é tão comprido assim quanto o dela e tampouco é loiro (ainda bem...)! Porém, assim como a nossa amiga da história, fico longos períodos pensando na vida. Aonde? Ora, na sacada obviamente... Mas quais as diferenças entre nós duas? Ora, a primeira é óbvia... eu não sou uma história, sou tão real que estou aqui escrevendo esses devaneios. A segunda e principal: ao contrário da Rapunzel, eu não espero a vida me trazer as coisas... o risco de decepcionar-se aumenta consideravelmente. E acabo de perceber que comecei contando sobre os amantes e acabei falando de mim, tsc tsc tsc... E quem está embalando tudo isso?? Ora, aqui está tocando "O que será (À flor da pele)", ah Chico, sempre tu, né...?

Um comentário:

E se eu disser que... disse...

Oi "Rapunzel" (rsrs) engraçado, a historia que você contou bate de frente com uma cronica de Arnaldo Jabor, muita gente nao gosta dele, eu gosto do modo direto dele tratar os assuntos...mas este em especial parece ter se encaixado no teu post, não sei se conhece, aqui vai o trecho final:

"(...)Se o amor foi interrompido sem ter atingido o fundo do pote ficamos
imaginando as múltiplas possibilidades de continuidade tudo o que a gente
poderia ter dito e não disse feito e não fez. Gaste seu amor. Usufrua-o até
o fim. Enfrente os bons e maus momentos passe por tudo que tiver que
passar não se economize. Sinta todos os sabores que o amor tem desde o
adocicado do início até o amargo do fim mas não saia da história na metade.

Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo fechando o próprio ciclo.
Isso é que libera a gente para ser feliz novamente."

Parece que se encaixou no teu post. Beijos