terça-feira, 31 de julho de 2007

Apenas uma tentativa

Vai em busca dos céus límpidos
Voa desse lugar que não é mais seu
Larga as mágoas e tristezas
E tudo aquilo que mais lhe doeu
Viva intensamente sem medos
Busque a felicidade que está ao seu alcance
Ela até pode tardar a chegar
Mas chegará antes que você se canse
Faça o que seu coração mandar
Mas não tanto quanto deixo o meu
Por vezes o melhor é pensar
Pra perceber aquilo que se perdeu

Metal contra as nuvens

E nossa história não estará pelo avesso
assim sem final feliz
teremos coisas bonitas pra contar
e até lá
vamos viver
temos muita ainda por fazer
nao olhe pra trás
apenas começamos
o mundo começa agora
apenas começamos

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Penetras

Elas chegam assim sem avisar. Sem serem convidadas. Chegam em horas adversas e também em horas felizes. Deslizam por peles macias, jovens, com ou sem linhas do tempo. Borram maquiagens mas ao mesmo tempo mostram que há vida naquele corpo. Molham a mais seca das peles e umedecem o mais árido dos corações. Ah, lágrimas, vocês existem para poupar-nos das palavras...

Música do momento

Antes da música, a explicação. Vou usar as palavras do Chico, afinal, ele se expresssa muito melhor que eu.

"Eu tava mexendo no violão, comecei a fazer a melodia e aí a primeira coisa que apareceu foi exatamente cidade submersa. Isolado de tudo porque cantarolando parecia que a música queria dizer isso e eu tinha que ir atrás depois, tinha que explicar essa cidade submersa, tinha que criar uma história. Apareceu exatamente a cidade submersa antes de qualquer outra coisa. Aí eu coloquei os escafandristas e esse amor adiado, esse amor que fica pra sempre, essa idéia do amor que existe como algo que pode ser aproveitado mais tarde, digamos que não se desperdiça. E passa o tempo, passam-se milênios e aquele amor vai ficar até debaixo d'água. E vai ser usado por outras pessoas, amor que não foi utilizado porque não foi correspondido, então ele fica ímpar, pairando ali, esperando que alguém apanhe e complete a sua função de amor."
Ele é simplesmente genial. Aí vai a letra:

Futuros Amantes (Chico Buarque)

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios
No ar
E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos
Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização
Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

sábado, 28 de julho de 2007

Telefonema de amiga

- Oi Carol, tá no consultório?
- Não, estou na clínica.
- Ah, tá, pensei que estivesse no consultório. Pode falar agora?
- Posso. O que houve?
- É que só tu pode resolver o meu problema. Tô precisando muito mesmo. É urgente.
- Tá, mas o que aconteceu? Tá com dor de dente ou algo assim?
- Não, não. Com os dentes está tudo bem.
- Então??
- É que tenho plantão agora e estou sem calças brancas porque engordei demais. Tem alguma aí pra me emprestar????
- ...
- Carol?
- ...
- Carol, taí?
- Sim, estou. Passa lá em casa e pede pra mãe que ela te dá a calça.

Conversa entre irmãos

- Caroline, Caroline!!! Já chegou a Zero Hora de amanhã!!
- Mas não assinamos ZH, guri.
- Eu sei que não, é a ZH do vizinho.
- E daí, Leonardo? Como tu disseste, é do vizinho.
- Tá, eu sei... mas não era isso que eu queria dizer.
- O que é então?
- É que vou pegar o caderno de informática. Quer que eu pegue algum caderno pra ti?

Conversa não-furtada

No consultório dentário:
- E no que tu trabalhas?
- Trabalho numa loja de revenda de atacado, Dra.
- Humm... e tu gostas?
- Não.
- E por que continuas lá?
- Ah, é porque antes eu estudava matemática na faculdade e tive que trancar, sabe. Não gosto de trabalhar na loja pois tenho que lidar com gente o tempo todo. E sempre me dei melhor com as exatas...
- Então vais voltar pra faculdade de matemática?
- Não, Dra. Vou fazer enfermagem agora.
- Enfermagem???? Mas tu disseste não gostar de trabalhar com gente...
- Pois é, né...

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Banana Voadora

Estranheza tem limites!! E loucura também... Eu estava voltando do almoço na sexta passada e vi que tinha uma casca de banana no chão. Penso: "Quem será a criatura que não se digna a colocar isso no lixo quando existem várias latas de lixo por aqui?" Meio segundo depois tenho a resposta da maneira mais bizarra. Sinto que alguma coisa bate na minha perna. Procuro pra ver de onde teria vindo o que me atingiu. E eis que vejo o objeto: a banana voadora (neste caso dona da casca que estava no chão) e seu atirador: um mendigo revoltado que estava sentado na escada de um prédio almoçando. Nem preciso dizer que fui alvo de uma explosão de risos das minhas colegas. Claro que acabei caindo na risada também, né...

Lembranças de Infância...

Estava saindo do trabalho agora há pouco e ouvi 2 meninas brincando. Aquelas brincadeiras de bater as mãos e cantar uma musiquinha. Eis a música: (que permanece a mesma desde quando eu era criança)
Babaloo, China, Califórnia, Califórnia, Babaloo (x2)
Estados Unidos, balançam seu vestido
Pra frente, pra trás
Um, dois, três
...

Coluna recheada
Índio bebe ovo, com água e salada
Cana-de-açúcar, cana-de-limão
Limão, limão, limão
Cabe aqui na minha mão

E por aí vai... as músicas não fazem sentido algum, mas que era boa aquela época... ah, isso era!!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Mas que jogaçoooo!!!

Mas que coisa hein... o que é esse cara, o Bernardinho?!?!? Pra mim, ele é que nem o Felipão... Só fiquei meio assim quando ele escalou o próprio filho como reserva do Marcelinho depois dos rolos que deram com o Ricardinho... Mas ontem , durante o jogo contra a seleção cubana, vi que o gurizote é bom mesmo, tem futuro. Sim né, depois de perder o ouro pra Cuba no vôlei feminino, não dava pra ser de outro jeito, tínhamos que ganhar!! Dá-lhe Bernardinho, dá-lhe seleção e volta Felipããããooooo!!! (porque com o Dunga.... fala sério.... não dá, né?)

terça-feira, 24 de julho de 2007

Justificando...

Só pra não deixar a letra do U2 solta aqui, vou tentar explicar... Acho que podemos caracterizar determinados momentos de nossas vidas com alguma música. Existem músicas que são temas de namoro, formatura, bodas, aniversários, términos de namoro e etc... Mas conheço pouca gente que pensa em músicas para aquele momento X pelo qual estão passando. Bom, desde o início desse ano tenho me caracterizado bastante com essa música. Quem me conhece sabe do que estou falando. É sobre não ter medo, não ficar parado no tempo, não deixar para depois. Do início do ano até aqui muita coisa aconteceu, mas muita mesmo. Posso dizer que está sendo um ano de muito crescimento e mudanças no meu modo de enxergar a vida. Espero que para melhor. Eu costumava ser muito medrosa, pensava demais nos famosos "E se..." e vivia pouco. Claro que não dá pra sair chutando o balde, mas dá pra viver muito melhor sem ter medo de tudo o tempo todo. Responsáveis por isso? Ora, amigos. Desde os mais antigos até os mais recentes. E os novos amigos virtuais também. É engraçado o que me acontece de vez em quando... Toda vez que decido que o melhor é me fechar, alguém vai lá e me chama. E acabo não me fechando. E descobri que mesmo que quisesse, não conseguiria. Riscos de quebrar a cara?? Olha... são grandes, né. Mas eu não seria eu mesma se fosse de outro jeito. Só cuido de vez em quando pra não me enrolar nas tranças, elas estão grandes demais, hehehe...
"I´m just trying to find, a decent melody, a song that I can sing, in my own company." Essa é uma estrofe importante. Temos que ser felizes por nós mesmos antes de buscar a felicidade ao lado de alguém. Quem não está feliz consigo, não poderá fazer alguém feliz. E, depois de ter aparado algumas arestas passadas me sinto mais leve e bem mais feliz. Página limpa, nova linha, parágrafo com letra maiúscula. Riscos de me arrepender depois? Olha, os riscos sempre existirão. Mas quem pensa demais nos riscos acaba não vivendo. E tem outra: prefiro me arrepender do que fiz, do que aquilo que não fiz. Bom, pra variar me estendi demais, mas por uma boa causa: pra dizer o quanto estou feliz!!!! Ah, vou voltar pras aulas de italiano e vou começar as aulas de tango!!!!!! E sim, Roberto, vou ler "O Segredo", hehehe, valeu pela dica.

Música de Encontro - Stuck in a moment - U2

I'm not afraid of anything in this world
There's nothing you can throw at me that I haven't already heard
I'm just trying to find a decent melody
A song that I can sing in my own company

I never thought you were a fool
But darling, look at you
You gotta stand up straight, carry your own weight
These tears are going nowhere, baby

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now you're stuck in a moment
And you can't get out of it

I will not forsake, the colours that you bring
But the nights you filled with fireworks
They left you with nothing
I am still enchanted by the light you brought to me
I still listen through your ears, and through your eyes I can see

And you are such a fool
To worry like you do
I know it's tough, and you can never get enough
Of what you don't really need now... my oh my

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Oh love look at you now
You've got yourself stuck in a moment and now you can't get out of it

I was unconscious, half asleep
The water is warm till you discover how deep...
I wasn't jumping... for me it was a fall
It's a long way down to nothing at all

You've got to get yourself together
You've got stuck in a moment and now you can't get out of it
Don't say that later will be better now
You're stuck in a moment and you can't get out of it

And if the night runs over
And if the day won't last
And if our way should falter
Along the stony pass

And if the night runs over
And if the day won't last
And if your way should falter
Along the stony pass
It's just a moment
This time will pass

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Morrer de Amor II

E ela era linda como uma flor que brota na primavera, vigorosa, colorida, forte e pronta pra ser admirada pelos que passam. Todos que a viam queriam namorá-la, mas ela não. Nunca entregaria suas pétalas para alguém, jamais correria o risco de se "despetalar". Por isso ela passava a vida a balançar ao sabor da brisa de primavera, mostrando suas cores vibrantes e exalando um perfume suave. Ela era linda. O que ela não contava era que um dia fosse se apaixonar. E tu sabes que a paixão não manda aviso. Ela chega, se instala e pronto!! E a cada dia, a flor apaixonada doava uma de suas pétalas para o seu amor. E ele ficava muito feliz e deveras agradecido, mas ele esquecia de um detalhe importante: as flores precisam ser regadas. Mas ela achava que podia continuar assim, doando suas pétalas mesmo sem ser regada, porque, afinal de contas, ela era a flor mais linda, forte e vigorosa daquele jardim. Até que um dia suas pétalas começaram a cair e o seu olor passou a diminuir. E ela perdeu os encantos que outrora atraíram o amor da vida dela. Passou a ser uma flor sem perfume, sem cores nem pétalas, a mais frágil de todas. E seu amor foi embora. Então ela descobriu que amou sozinha esse tempo todo. A pobre se doou por inteiro sem nunca ter sido regada por aquele que dizia amá-la. Ela foi murchando, veio o verão e ninguém foi regá-la porque já consideravam-na uma flor morta. A flor que foi linda e exuberante um dia passou a secar cada vez mais. Até que morreu. Hoje ela serve para alimentar as flores novas que estão brotando, que também dizem que não irão se "despetalar" por ninguém. Pobres florzinhas... mal sabem elas!

domingo, 22 de julho de 2007

Morrer de Amor

Ele era casado, tinha filhos... uma família. Mas não sabia se amava a esposa. E ia levando a vida assim... trabalhando, levando saúde às pessoas. Ele só não esperava que o destino chegasse naquele dia. No ônibus. Logo aquele dia, naquele ônibus... justo ele que quase nunca andava de ônibus!! Pois foi naquele dia e naquele ônibus que ele encontrou quem a vida tinha reservado para ele. É o que alguns chamam de alma gêmea. E ela estava ali, sentada no banco da frente. E no momento em que ela o vê, abre um sorriso e o mundo pára. Ele descobriu que era ela que ele esteve esperando pela vida toda. Coincidência? Acaso? Não. Destino, isso sim. E viveu esse amor intensamente como nunca tinha vivido antes com a esposa. Amou aquela canceriana e desse amor surgiu uma outra canceriana. A canceriana-filha ganhou mais 2 irmãos. Mas ele não tinha coragem de deixar a esposa e os outros filhos. E foi então que achou melhor se afastar. A canceriana-filha não via o pai nos natais e também não viu o pai nos seus 15 anos. A mãe começou a definhar. Ia para a sacada, acendia um cigarro e escutava músicas tristes sobre amor. O fim estava se aproximando. De vez em quando ele aparecia e ficava por uns tempos. Mas quando começava a se envolver... ele partia. As promessas foram muitas. E a canceriana-mãe sempre acreditava em todas porque ela o amava. E o amor tem esse poder de fazer acreditar. Mas ele nunca conseguiu cumprir as promessas. A mãe ia pra sacada, fumava, ouvia as mesmas músicas e chorava. A filha, de longe, observava a mãe definhando sem poder fazer nada. Afinal, que poder teria uma criança sobre o amor?? Ela era só uma criança, mas já tinha uma noção de como o amor funcionava. Depois de um tempo o pâncreas ficou doente. Mas tão doente a ponto de não ter mais volta. O sofrimento e as lágrimas da mãe chamaram um câncer. E ela passou os últimos dias da sua vida amando aquele do ônibus. Até que ela partiu. Os médicos afirmam erroneamente que ela morreu de câncer. Mas eles estavam enganados. A filha não. Essa foi a única que percebeu que a mãe morrera de amor.

Indignação!

Olha, chega a ser cômico quando chega a época de torneios esportivos. Sim, porque nessa época todos morrem de orgulho de serem brasileiros!!! Ah, fala sério, né... Parece que todo mundo fica meio abobado. E não digo que estou tirando o meu da reta não. Claro que gosto de esportes e de acompanhar olimpíadas, pans e etc... Mas é que tem tanta coisa além disso pra enxergarmos, sabe. A verdade se resume na pacificidade do povo brasileiro. Vai o Lula fazer essas merdas todas na Argentina!!! Certamente colocariam a Casa Rosada abaixo!!! E nem vou entrar no mérito do acidente que teve aí. Muita cara-de-pau do nosso "digníssimo presidente" anunciar todas aquelas medidas de segurança. Como se fosse resolver alguma coisa. Aqui no Brasil, infelizmente, é comum alguém ser assaltado, roubarem um carro, escândalos políticos??? - ah, isso já não é novidade faz tempo... E quando alguém é assaltado então? Veja a que ponto chegamos:
- Então te assaltaram, é?
- Sim, levaram o carro.
- Ah, mas pelo menos não te fizeram nada!!
- É, que bom, né?
Chegamos ao ponto de dar graças a Deus quando só levam o nosso carro. Isso aconteceu comigo há pouco mais de 2 anos. É simplesmente lamentável. Então, assim ó, sinceramente... o Lula tem mais é que ser vaiado e dividir conosco um pouco da vergonha disso tudo que acontece por aqui. E quanto ao restante do povo brasileiro, resta aprender a amar de verdade a terra onde vive e impedir que o caos aumente ainda mais. Era isso.

terça-feira, 17 de julho de 2007

Amor

Acho tão bonitinho esse poema que quis compartilhar ele com o blog. Li há mais ou menos uns 15 anos e nunca mais esqueci os versos. Aí vai:

"Amor então
também acaba?
Não que eu saiba.
O que eu sei
é que se transforma
numa matéria-prima
que a vida se encarrega
de transformar em raiva.
Ou em rima."

(Paulo Leminski)

Devaneios, mas nem tanto!!

Depois da tempestade vem a bonança. E ainda bem, né... Seria muito ruim viver sempre em meio à tempestade, bem como seria um tanto monótono viver sempre na bonança. É o tão difícil "meio termo" da vida. Aquela dose certa de emoção e de tempero da nossa rotina que buscamos incessantemente. Se bem que tem gente que vive tão estressada que sequer se dá conta disso. São pessoas menos "Rapunzéis" que eu. Nesses últimos dias deixei as tranças de molho em casa... estava num período meio anti-social até. Estava precisando pensar no rumo de várias coisas e sobre quais atitudes tomar. Era o meu momento de "noites reflexivas". E gosto de ter minhas noites reflexivas em casa, longe da noite e de seus caçadores. E depois de algumas reflexões turbulentas veio a bonança. E achei melhor "let it go". Então, só pra não fugir muito do início do post, estou buscando o meio termo. Trabalho sem ser bitolada demais, saio sem ser festeira demais. Na verdade, estou muito mais pra passeios diurnos que noturnos. Pois, a meu ver, é durante o dia que conhecemos as pessoas, sem maquiagens, sem chapinha ou chapações... É na luz do dia que enxergamos como elas realmente são. E é assim que eu gosto. No último domingo, por exemplo, eu estava no Gasômetro, entre amigos, conversando e dando risada. Obrigada pela companhia Marcelo e Guido, foi muito legal!! Então, a mensagem que fica é: busque seu equilíbrio, descomplique-se, pois assim o resto vem muito mais facilmente!!!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Mentiras e verdades

É impressionante como as pessoas que mentem se tornam mais "fortes" que aquelas que não mentem. Isso me entristece muito. Porque me encaixo no segundo grupo e, por isso, concordo com a primeira frase do post. Por dizer a verdade sempre - e levo isso como filosofia de vida - acabo me tornando "menos forte". Se bem que... "menos forte" não é o termo mais adequado. Seria mais correto dizer que as pessoas verdadeiras se tornam mais vulneráveis ou talvez até mais expostas às agruras dessa vida. Pelo menos comigo é assim. E acho que deveria ser o oposto. Pessoas verdadeiras deveriam ser mais fortes que aquelas que mentem. Não que eu me considere fraca - não é isso - mas ainda não sei o limite da minha força. E não sei se estou pronta pra testá-la já. Talvez seja o momento de eu observar mais e me cuidar mais. Não que a vida tenha me dado muitos tombos... mas alguns arranhões eu já tenho. E tem vezes que bate um medinho. Uma vontade de se encolher e deixar apenas as pontinhas das antenas de fora. Mas então a Rapunzel pára e pensa: Qual a vantagem em se esconder? O que eu ganho deixando de dizer a verdade? Porque tem vezes que penso em me esconder, mas acabo pensando melhor e decido que o melhor é viver... seja pra cair ou seja pra subir. Já em relação a dizer a verdade ou mentir, bom, é como eu disse: trata-se de uma filosofia de vida. Mas tu, leitor, podes pensar: "Ah, mas se eu me expuser demais eu posso cair e chegar ao fundo do poço." Então a Rapunzel pergunta: "Que mal há nisso?" As pessoas normalmente se desesperam quando chegam ao fundo do poço... enquanto deveria ser o contrário. Pois, quando nos encontramos no fundo do poço, só tem um lugar para o qual podemos ir: para cima!!! Verdade ou mentira???

Tristeza

E ela estava tão triste. E ficava mais triste por não saber o porquê da sua tristeza. Ela tinha tudo que o que qualquer uma gostaria de ter. Mas faltava uma coisa. Todos que cruzavam o seu caminho perguntavam o motivo daquela tristeza. Mas ela nunca soube dizer. E depois de muito usar a razão, ela descobriu... Ela não tinha emoção alguma. Tinha o coração vazio. Porque nunca amou ninguém.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Perdas e reencontros

Pois é... parando pra pensar acabamos nos dando conta de várias coisas. E, no meu caso, me dou conta de muitas coisas porque penso demais. Daí vem a Rapunzel... E numa dessas noites pensativas, percebi que algumas pessoas só são valorizadas depois que elas são perdidas. E, pra não ficar com esse peso na minha consciência, valorizo muito todas as pessoas que me cercam e que se importam comigo e com a minha felicidade e bem-estar. Nunca perdi alguém para sempre, mas já perdi pessoas importantes pro destino. E é muito ruim. É engraçado quando essas pessoas se dão contam de que perderam alguém importante, pois, no momento em que a ficha cai, ela faz de tudo para recuperar o alguém perdido. Porém, nem sempre a pessoa que foi perdida tem volta. Os sentimentos resistem por algum tempo, a força também... mas ela resiste até o dia em que acaba. Infelizmente ou felizmente é assim que acontece. Mas isso tudo tem um porquê. Isso tudo acontece para que a cada tombo nós fiquemos mais fortes. Para aprendermos com o que o passado nos fez passar. O passado já passou, o presente nós vivemos agora e o futuro à Deus pertence. Mas, viver de passado não dá e ansiar pelo futuro também não dá. É como uma história que o Marcelo me contou sobre um vestido. O tempo está aqui - e puf! - de repente não está mais. Assim é com as pessoas também, elas estão aqui até o momento em que deixam de estar. E é por isso que estou deixando a angústia de lado e estou vivendo. Não tem outro jeito sadio. O jeito é viver. E no meu caso, quero viver bem, sem angústias, sem fantasmas e sem passado adentrando no meu presente. Eu sei que tenho força pra isso. Pra isso e pra muito mais!! E quando eu desabo, tenho uma pessoa muito querida que sempre me ajuda, me dando muita luz, força e me dizendo palavras bonitas. A Sandra é uma pessoa fora de série. Ela é minha paciente mas no momento terminou o tratamento dela. Hoje a paciente sou eu... Ela tem uma força tremenda e uma luz muito grande. O engraçado é que apesar de nos conhecermos há alguns meses, eu me sinto muito à vontade ao lado dela, tanto que hoje foi nos ombros dela que eu desabei. E na mesma hora, ela me ajudou a levantar. E então eu estou me refazendo... e estou indo bem. E tudo vai acabar bem. E a angústia vai passar, pode até demorar, mas sempre passa. Porque Deus está comigo. E está contigo também!!!