segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Nostalgia vespertina

Hoje de tarde fiz uma coisa que há muito não fazia... Vesti uma roupa de ginástica e fui caminhar. Assim, sem rumo. Aqui perto de casa mesmo, numas ruas arborizadas que gosto. É porque em Canoas não há parques decentes pra visitar. E caminhando deliro muito. Comecei lembrando da época em que não morava onde moro hoje.
Ahhh... era muito bom. Eu morava uma rua antes da casa dos meu avós. Eu estava sempre lá. Adorava dormir na casa da vó porque sempre tinha alguma coisa especial pra mim lá. A vó prepara um Nescau pra mim que ninguém nunca vai conseguir copiar. Sem falar nas geléias caseiras e na torrada de banana com canela.
E também tinha a Charlote, a gata siamesa. Naquela época eu não tinha gato algum, por isso eu adorava a Charlote, se bem que era muito unilateral esse sentimento.
Eu tinha um balanço na garagem que ganhei do vô. Era só meu até o dia em que fiquei grande demais pra ele e, como as cordas poderiam não agüentar, resolveram tirá-lo de mim. Foi lá que aprendi a andar de bicicleta sem rodinhas, subir em árvores, roubar goiaba do vizinho, andar de carrinho de lomba, costurar roupinhas pra boneca, etc...
De todos os netos fui a que mais aproveitou a casa deles. Sem sombra de dúvida. Tive a melhor infância que uma criança poderia ter. Sem tecnologias, sem computador, sem video game, sem cd ou mp3. Nada disso. Era boneca, bola e jogos de tabuleiro. E acho que é por isso que amo jogos de tabuleiro até hoje e detesto video game até hoje.
Nos fins-de-semana juntávamos todas as crianças da rua e começávamos as brincadeiras. E na hora da fome eu arrastava todo mundo pra casa da vó. Minhas tias enlouqueciam, a vó não. Ela preparava um baita café pra nós sem reclamar. Pois a vó sempre gostou de casa cheia e até hoje ela gosta. Gringa, né... Tudo é motivo pra cozinhar alguma coisa diferente, fazer um churrasco, um bolo ou um baita café-da-tarde estilo café colonial.
Amo muito os meus avós e, mesmo que eles não leiam esse post, vai ficar aqui registrado. Eles sabem o quanto os amo. Se hoje sou uma pessoa feliz, é porque tive uma infância feliz. E isso eu devo ao vô David e à vó Maria. Amo vocês!!!
PS: Sim, vô. Eu visitarei vocês o máximo que puder!!
PS2: atendendo à sugestão, dividi em parágrafos, mas não sei se melhorou muito...

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